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Marajás e Invisíveis: O Abismo Salarial no Funcionalismo Federal em 2025

O funcionalismo público federal brasileiro vive uma realidade de extremos. De um lado, supersalários que ultrapassam o teto constitucional. Do outro, servidores que mal recebem reajustes e aposentados esquecidos pelo orçamento. Em 2025, essa desigualdade se tornou ainda mais evidente e insustentável.

15/09/2025
Imagem: banco de imagens
Leitor Interativo de Notícias

Marajás e Invisíveis: O Abismo Salarial no Funcionalismo Federal em 2025

15/09/2025 O funcionalismo público federal brasileiro vive uma realidade de extremos. De um lado, supersalários que ultrapassam o teto constitucional. Do outro, servidores que mal recebem reajustes e aposentados esquecidos pelo orçamento. Em 2025, essa desigualdade se tornou ainda mais evidente e insustentável. O Infográfico da Vergonha Para ilustrar essa disparidade, confira o infográfico sobre desigualdade salarial no serviço público federal elaborado pelo Ipea. Ele mostra como algumas carreiras acumulam benefícios enquanto outras enfrentam estagnação há anos. Supersalários: Quem são os Marajás? Apesar do teto constitucional de R$ 46.366,19, servidores do Judiciário, Ministério Público e órgãos autônomos como o Banco Central seguem recebendo acima desse limite. Em dezembro de 2024, um magistrado paulista embolsou R$ 111.763 líquidos. Isso ocorre graças a verbas indenizatórias que escapam do controle legal — como auxílio-moradia, retroativos e gratificações. Segundo o Politize!, o custo dos supersalários já ultrapassa R$ 3,9 bilhões por ano. Quem Ganha e Quem Perde em 2025 Enquanto algumas categorias receberam reajustes de até 77% e tiveram suas carreiras reestruturadas, outras enfrentaram greves exaustivas e ainda aguardam reconhecimento. Os docentes universitários, por exemplo, foram ignorados em diversas rodadas de negociação, apesar de sua importância estratégica para o país. Aposentados: Os Invisíveis do Sistema Os aposentados federais enfrentam uma dupla penalização. Sem paridade, seus benefícios são reajustados apenas pela inflação — 4,77% em 2025. Com paridade, dependem da aprovação da Lei Orçamentária, o que gera atrasos e insegurança. Muitos vivem com rendimentos inferiores aos de servidores recém-ingressos. Além disso, a reforma previdenciária fragmentou regras e criou barreiras para a progressão salarial pós-aposentadoria. A falta de valorização dos aposentados compromete sua qualidade de vida e transmite uma mensagem institucional de desprezo por décadas de serviço público. O Que Dizem os Servidores As entidades sindicais e associações reivindicam: Equiparação de benefícios entre os Três Poderes Fim da contribuição previdenciária para aposentados Reajuste linear e transparente Regulamentação da negociação coletiva Apesar da reabertura da Mesa Nacional de Negociação Permanente, poucos avanços foram registrados até setembro de 2025. A frustração cresce entre as categorias que continuam invisibilizadas. Convocação à Reflexão “Não há serviço público de qualidade sem servidores valorizados. E não há democracia plena quando parte do funcionalismo é invisibilizada.” Este texto é um convite à mobilização. Compartilhe, comente, pressione. A desigualdade dentro do Estado é um reflexo da desigualdade que ele deveria combater. AGASAI

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I📊 O Infográfico da Vergonha

Para ilustrar essa disparidade, confira o infográfico sobre desigualdade salarial no serviço público federal elaborado pelo Ipea. Ele mostra como algumas carreiras acumulam benefícios enquanto outras enfrentam estagnação há anos.

💰 Supersalários: Quem são os Marajás?

Apesar do teto constitucional de R$ 46.366,19, servidores do Judiciário, Ministério Público e órgãos autônomos como o Banco Central seguem recebendo acima desse limite. Em dezembro de 2024, um magistrado paulista embolsou R$ 111.763 líquidos. Isso ocorre graças a verbas indenizatórias que escapam do controle legal — como auxílio-moradia, retroativos e gratificações.

Segundo o Politize!, o custo dos supersalários já ultrapassa R$ 3,9 bilhões por ano.

⚖️ Quem Ganha e Quem Perde em 2025

Enquanto algumas categorias receberam reajustes de até 77% e tiveram suas carreiras reestruturadas, outras enfrentaram greves exaustivas e ainda aguardam reconhecimento. Os docentes universitários, por exemplo, foram ignorados em diversas rodadas de negociação, apesar de sua importância estratégica para o país.

🧓 Aposentados: Os Invisíveis do Sistema

Os aposentados federais enfrentam uma dupla penalização. Sem paridade, seus benefícios são reajustados apenas pela inflação — 4,77% em 2025. Com paridade, dependem da aprovação da Lei Orçamentária, o que gera atrasos e insegurança. Muitos vivem com rendimentos inferiores aos de servidores recém-ingressos.

Além disso, a reforma previdenciária fragmentou regras e criou barreiras para a progressão salarial pós-aposentadoria. A falta de valorização dos aposentados compromete sua qualidade de vida e transmite uma mensagem institucional de desprezo por décadas de serviço público.

📣 O Que Dizem os Servidores

As entidades sindicais e associações reivindicam:

  • Equiparação de benefícios entre os Três Poderes

  • Fim da contribuição previdenciária para aposentados

  • Reajuste linear e transparente

  • Regulamentação da negociação coletiva

Apesar da reabertura da Mesa Nacional de Negociação Permanente, poucos avanços foram registrados até setembro de 2025. A frustração cresce entre as categorias que continuam invisibilizadas.

✊ Convocação à Reflexão

Não há serviço público de qualidade sem servidores valorizados. E não há democracia plena quando parte do funcionalismo é invisibilizada.

Este texto é um convite à mobilização. Compartilhe, comente, pressione. A desigualdade dentro do Estado é um reflexo da desigualdade que ele deveria combater.

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