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O DESCASO DO GOVERNO FRENTE ÀS DEMANDAS DO FUNCIONALISMO

Promessas se renovam, governos mudam, discursos geram expectativas mas o resultado é sempre o mesmo: servidores insatisfeitos, sentindo-se enganados, frustrados e sempre relegados a esperar. Praticamente os últimos 30 anos foram assim.

23/10/2023

Ainda nada se comparou aos Governos FHC e Bolsonaro. O primeiro ficou famoso pelo índice de reajuste proposto de 0,01% apenas para cumprir uma Lei. Já o segundo foi o único que em seus 4 anos de mandato não concedeu nenhum reajuste, nem sequer recebeu os servidores para ouvi-los. Pior, seu ministro mais eloquente, Paulo Guedes, chamou os servidores de "inimigos, parasitas e saqueadores". Sim, o nível foi esse.

Cansados os servidores votaram, na sua maioria, novamente, em Lula que apesar de não ter falado quase nada durante a campanha sobre o tratamento que daria ao funcionalismo, trazia uma memória afetiva agradável, pois além de ter dado reajustes maiores que seus antecessores - e se frise: esse "maiores" nunca significou adequado - criou mesas de negociação nas quais os servidores eram ao menos ouvidos. 

Porém, chegando praticamente no fim de seu primeiro ano de seu 3º mandato, o Governo Lula se mostrou até aqui uma enorme decepção. Do discurso após a posse, passando por ministério criado somente para cuidar de seus servidores, nada de diferente se viu. 

As primeiras negociações envolvendo Governo e servidores resultaram em apenas 9% de reajuste para a classe que estava há 7 anos com salários congelados e perdas acumuladas em quase 40%. 

As tentativas de melhorar este índice para 2024, afinal o orçamento deste ano foi feito ainda no Governo anterior e por isso não possibilitava indice melhor geraram boas expectativas no funcionalismo, no entanto foram piores ainda. O Governo, depois de muita espera, e sem ruborizar, confirmou um reajuste de 1%. Além disso os Ministérios da Fazenda e Palnejamento preparam-se para finalizar o texto da Reforma Administrativa (PEC 32) altamente prejudicial para a qualidade do serviço público e interesses dos servidores.

A insatisfação foi geral como era de se esperar, mais que isso um sentimento de revolta tomou conta do funcionalismo, principalmente daqueles que estão na base da pirâmide salarial, dos aposentados e pensionistas que gastam quase a totalidade de seus vencimentos com gastos de saúde corrigidos acima da inflação todos os meses.

O Governo diz que falta dinheiro, porém aumentou a diária de militares, concedeu isenções bilionárias para concessionárias de automóveis, criou o maior plano safra da história para o agro, aumentou em mais de 60% o numero de ministérios, liberou emendas do relator (orçamento secreto) para o Centrão e continua pagando em dia os serviços da dívida aos bancos com um dos maiores juros do mundo.

Não falta dinheiro, falta é comprometimento com o serviço público e com os servidores. Novamente a prática ficou distante do discurso e principalmente das expectativas.

A mobilização e a cobrança não podem parar.

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